Durante um período da minha vida, eu sentia que meu dinheiro simplesmente evaporava. Todo mês, quando fazia as contas, parecia que algo não fechava. Eu ganhava um valor razoável, mas nunca guardava o que eu gostaria. Foi aí que percebi: não era o quanto eu ganhava, mas como eu gastava que estava minando o meu projeto de me auto aposentar aos 50 anos de idade.
Decidi investigar os meus gastos para entender onde estava errando. O que descobri foi transformador: muitos dos meus gastos eram supérfluos, e se eu conseguisse reduzi-los ou eliminá-los, poderia construir uma poupança sólida. Hoje, quero compartilhar com você como consegui identificar esses gastos e transformá-los em economia.
1. Analisei Meu Estilo de Vida com Sinceridade
A primeira coisa que fiz foi uma reflexão honesta sobre os meus hábitos. Perguntei a mim mesma: “Será que estou gastando mais do que preciso para manter o estilo de vida que quero?”. Essa pergunta me ajudou a identificar padrões que eu nem percebia, como comprar mais sapatos e bolsas do que eu conseguiria usar, ir à lugares com pessoas que nem valeria a pena estar ou gastar em assinaturas que quase não usava.
Pegue um papel, um aplicativo ou uma planilha e anote todos os seus gastos. Não exclua nada, nem aquele cafezinho na padaria. Esse foi meu primeiro passo para encarar a realidade e ver onde estavam os excessos para poder construir um patrimônio sólido.
2. Separei Necessidades de Desejos
Depois de listar todos os gastos, dividi-os em duas categorias: necessidades e desejos. Necessidades eram aquelas despesas essenciais, como prestação do carro, gasolina, escola dos filhos, energia elétrica, supermercado. Já desejos incluíam coisas como saídas para restaurantes, barzinhos, encontro com amigos para churrascos de picanha, roupas novas e itens de beleza que eu nem precisava no momento.
Quando fiz isso, fiquei chocada. Descobri que grande parte do meu dinheiro estava indo para coisas que, no fundo, eram totalmente dispensáveis. Você já fez esse exercício? É revelador!
3. Identifiquei os “Vilões Invisíveis”
Alguns gastos, podem ser verdadeiros vilões. No meu caso, maquiagens, batons, cremes, perfumes importados, sapatos e bolsas eram o problema. Tinha streaming, apps de música, armazenamento na nuvem, academia, plano de saúde entre tantas outras coisas que não faziam o menor sentido pois ou eu não usava, ou quando usava era muito pouco.
Cancelei tudo o que não usava regularmente e me comprometi a manter apenas o essencial. Também fiquei atenta às saídas com os amigos e determinei uma quantia de dinheiro para o lazer de forma a não extrapolar esse limite. Reduzir esses gastos fez uma diferença enorme nas minhas economias.
4. Adotei o Método da Regra dos 30 Dias
Uma coisa que me ajudou muito foi a regra dos 30 dias. Funciona assim: sempre que eu queria comprar algo fora do essencial, esperava 30 dias antes de tomar a decisão. Olhava, apreciava e me perguntava: Eu preciso realmente desse objeto? Dessa roupa?
Muitas vezes, percebia que nem queria mais aquele item depois de um tempo. Isso me ajudou a evitar compras por impulso e a priorizar o que realmente era importante.
5. Aprendi a Dizer “Não” para Mim Mesma
Confesso que, no começo, foi difícil abrir mão de certas coisas. Adorava almoçar fora nos fins de semana, fazer festa na minha casa, comprar umas blusinhas nova quando via uma promoção ou tomar umas doses de uísque caro só para me enturmar nas das festas de boate.
Mas aprendi que dizer “não” para esses pequenos prazeres era, na verdade, dizer “sim” para algo maior: minha estabilidade financeira. Com o tempo, isso se tornou um hábito, e hoje me sinto muito mais no controle das minhas escolhas.
6. Criei Metas de Poupança
Transformar gastos supérfluos em poupança só faz sentido se você souber para onde quer ir. Então, estabeleci metas claras. Por exemplo: economizar R$ 500 por mês para pagar um consórcio de imóvel ou investir em aplicações que rendem mais de 100% do CDI para depois dar um lance no consórcio e comprar um imóvel para alugá-lo.
Cada vez que cortava um gasto, transferia o valor para a poupança no mesmo dia. Ver o saldo crescer foi extremamente motivador! Isso virou um vício. Quando eu via uma promoção de roupas, por exemplo, eu imaginava que o que eu iria gastar daria para pagar 4 parcelas do consórcio e eu preferia antecipar as parcelas para ter acesso ao bem o quanto antes.
7. Substituí Supérfluos por Alternativas Mais Econômicas
Percebi que, muitas vezes, dava para manter certas coisas que gostava, mas de forma mais barata. Troquei a marca de cerveja por uma mais em conta, cozinhava em casa ao invés de pedir delivery, passei a fazer compras de forma inteligente no supermercado, reduzi drasticamente minhas baladinhas e resolvi que não compraria nem uma calcinha enquanto tivesse uma gaveta lotada delas!
Essas pequenas mudanças não só economizam dinheiro, mas também ajudam a valorizar mais o que você já tem.
8. Monitorei os Resultados Mensalmente
“Trair e poupar, é só começar”. Fiz disso um hábito: todo mês, sento para revisar minhas despesas e ver como estou indo com as metas. Quando vejo que economizei mais do que planejava, me dou um pequeno “prêmio” – algo simbólico, como uma pizza com milk shake.
Essa revisão mensal me mantém no caminho certo e evita que eu volte a gastar desnecessariamente. E hoje, mesmo sem ter grandes preocupações financeiras, levo uma vida mais simples e continuo investindo em imóveis.
9. Envolvi a Família no Processo
Se você mora com outras pessoas, é importante que elas também estejam alinhadas com seus objetivos. Aqui em casa, eu conversava com meus dois filhos (hoje um com 29 anos que já saiu de casa e o mais novo que agora está com 19 anos trabalhando como jovem aprendiz) sobre a importância de economizar, sempre mostrei o que entrava e o que saia e quais eram nossas despesas e falava abertamente sobre dinheiro. Sempre que eu queria fazer um novo investimento eles participavam (e participam até hoje) e até me ajudavam a economizar não pedindo brinquedos ou outras coisas que podiam nos tirar dos objetivos.
Fazer disso um esforço coletivo torna tudo mais fácil e até divertido além de criar uma conscientização financeira positiva nos membros da família.
10. Tornei a Economia um Estilo de Vida
Por fim, percebi que economizar não é apenas um sacrifício temporário, mas um estilo de vida. Hoje, vejo isso como uma forma de priorizar o que realmente importa e abrir espaço para coisas maiores no futuro.
Transformar gastos supérfluos em poupança foi um dos passos mais libertadores que já dei. E sabe o que é melhor? Qualquer um pode fazer isso, basta começar com pequenas mudanças.
Conclusão
Se você sente que o dinheiro nunca é suficiente, talvez seja hora de rever seus hábitos. Identificar gastos supérfluos e transformá-los em poupança pode parecer desafiador no início, mas é um processo que vale cada esforço.
E você, já começou a organizar suas finanças? Tem alguma dica que funcionou bem para você? Compartilhe nos comentários, vou adorar saber!
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